Quarta-feira negra para o Basquetebol do SL Benfica. Estamos a arredados da luta pelo título, fruto do desaire por 90-96 na recepção ao FC Porto, no 5º e derradeiro jogo das Meias Finais dos Playoffs do Campeonato Nacional.
Em 2007/2008 também caímos nos 1/2 Final frente à Física de Torres Vedras. Ao cabo de uma década, o Benfica volta a falhar a presença na Final do campeonato. Um cenário decepcionante e em certa medida previsível, atendendo ao que se desenrolou durante esta parte final de 2017/18. Há muito a reflectir nesta secção para a devolver à glória...
O Benfica nunca esteve na dianteira do marcador, correu sempre atrás do prejuízo. Conseguiu de forma épica levar o jogo para prolongamento, porém na fase decisiva sucumbiu manifestamente e o colectivo dirigido por Moncho López carimbou com mérito o passaporte para a Final onde irá defrontar a Oliveirense. No cômputo geral, venceu a equipa que foi, passe a redundância, mais equipa, mais sólida, mais consistente, mais organizada, mais comprometida, mais racional, mais combativa, mais eficaz e que melhor soube neutralizar os pontos fortes do adversário...
Mais uma vez, o Benfica começou a partida completamente desorientado e viu o rival entrar de forma fulgurante, a colocar-se cedo em vantagem no "score", a distanciar-se e a marcar cerca de 20 pontos em apenas 5 min de jogo. Os comandados de José Ricardo lá despertaram e reduziram efectivamente distâncias (18-25 no término do 1º Período). Os visitantes, confiantes, demonstravam a cada momento que muito dificilmente iriam sair da Luz vergados (36-47 ao intervalo) e continuaram por cima até ao final do 3º Período (51-65). Beneficiaram dos constantes segundos lançamentos permitidos pelas águias - horripilante e bizarra a forma como defendemos a nossa tabela. Ademais e ainda por cima os triplos iam caindo com bastante regularidade, ao contrário do que se sucedeu connosco. Nesse particular, o veterano Miguel Miranda esteve letal.
À entrada para o último quarto, a desvantagem era acentuada e poucos eram os acreditavam numa recuperação. O que é certo é que a equipa veio com tudo para os últimos 10 min do tempo regulamentar, empolgado pelo apoio vindo das bancadas do Pavilhão Fidelidade, e conseguiu aproximar-se no marcador de forma gradual. Ainda assim, por diversas vezes estivemos a uma posse de bola de empatar ou até passar para a frente no 'placar', mas acusávamos a pressão e o FCP voltava a alargar ligeiramente a vantagem. O jogo estava numa toada emocionante, com toda a gente em polvorosa nas bancadas, o Benfica por cima, o Porto a quebrar fisicamente, e "ao cair do pano" do tempo regulamentar Damier Pitts levou o público que encheu a Luz ao rubro, ao concretizar um triplo que empatou o Clássico (80-80) e adiou a decisão para o tempo extra. As nossas individualidades conseguiram durante cerca de 10 min disfarçar as debilidades colectivas. O ascendente mental que parecia termos ganho num ápice se evaporou. No prolongamento foi o descalabro. Os azuis voltaram ao seu melhor nível, ao invés do encarnados que cometeram uma série de 'turnovers'. Perante a confrangedora falta de ideia colectiva, clarividência e hesitações constantes, ninguém quis assumir o protagonismo. E com relativa tranquilidade a formação portista, com maior discernimento e lucidez, cavou uma boa vantagem e controlou-a até final.
Com Nicolas dos Santos, a cumprir castigo, José Ricardo chamou o jovem Neemias Barbosa. Ele e Rafael Lisboa chegaram a jogar nos últimos suspiros da primeira parte. Raven Barber voltou a ser elemento benfiquista mais inconformado ao anotar 19 pontos.
Encerrada a temporada, é o momento adequado para se fazer naturalmente o balanço. Indo directo ao assunto, falhamos redondamente os dois principais objectivos. Os únicos aspectos positivos foram a conquista da Supertaça e da Taça Hugo dos Santos. Lá fora as coisas também não correram bem, mas acaba por ser normal dado o desfasamento entre a realidade nacional e a externa. Fomos afastados na 2ª Ronda da FIBA Liga dos Campeões e posteriormente logo na 1ª Fase da FIBA Europe Cup. Esta época foi portanto um fracasso, algo transversal a outras modalidades de pavilhão. E nesta circunstância nem havia adversários a desvirtuar o mercado e a cometer loucuras. Em teoria, até éramos o plantel melhor apetrechado aquando do início da época e o candidato maior à conquista de todas as provas nacionais. Passando ao comando técnico, indiscutivelmente José Ricardo defraudou as expectativas, aliás desapontou imenso, mesmo aqueles que estiveram sempre do lado dele desde que foi confirmado o seu ingresso no Glorioso. É verdade que com Jesse Sanders e Antywane Robinson vimos a melhor perfomance deste Benfica. Ambos foram uma mais-valia enquanto estiveram de "águia ao peito". Entretanto saíram e vieram Damier Pitts e Miroslav Todic, contudo em oposição aos antecessores nenhum deles convenceu. Com eles perdemos vergonhosamente a Taça de Portugal para o surpreendente e brioso Illiabum e dissemos prematuramente adeus ao campeonato. Foram duas apostas falhadas. Não sabemos o que o mercado dispunha quando necessitamos de colmatar as saídas dos norte-americanos, mas fica a ideia de que dificilmente poderíamos ter escolhido piores opções.
Em 2007/2008 também caímos nos 1/2 Final frente à Física de Torres Vedras. Ao cabo de uma década, o Benfica volta a falhar a presença na Final do campeonato. Um cenário decepcionante e em certa medida previsível, atendendo ao que se desenrolou durante esta parte final de 2017/18. Há muito a reflectir nesta secção para a devolver à glória...
O Benfica nunca esteve na dianteira do marcador, correu sempre atrás do prejuízo. Conseguiu de forma épica levar o jogo para prolongamento, porém na fase decisiva sucumbiu manifestamente e o colectivo dirigido por Moncho López carimbou com mérito o passaporte para a Final onde irá defrontar a Oliveirense. No cômputo geral, venceu a equipa que foi, passe a redundância, mais equipa, mais sólida, mais consistente, mais organizada, mais comprometida, mais racional, mais combativa, mais eficaz e que melhor soube neutralizar os pontos fortes do adversário...
Mais uma vez, o Benfica começou a partida completamente desorientado e viu o rival entrar de forma fulgurante, a colocar-se cedo em vantagem no "score", a distanciar-se e a marcar cerca de 20 pontos em apenas 5 min de jogo. Os comandados de José Ricardo lá despertaram e reduziram efectivamente distâncias (18-25 no término do 1º Período). Os visitantes, confiantes, demonstravam a cada momento que muito dificilmente iriam sair da Luz vergados (36-47 ao intervalo) e continuaram por cima até ao final do 3º Período (51-65). Beneficiaram dos constantes segundos lançamentos permitidos pelas águias - horripilante e bizarra a forma como defendemos a nossa tabela. Ademais e ainda por cima os triplos iam caindo com bastante regularidade, ao contrário do que se sucedeu connosco. Nesse particular, o veterano Miguel Miranda esteve letal.
À entrada para o último quarto, a desvantagem era acentuada e poucos eram os acreditavam numa recuperação. O que é certo é que a equipa veio com tudo para os últimos 10 min do tempo regulamentar, empolgado pelo apoio vindo das bancadas do Pavilhão Fidelidade, e conseguiu aproximar-se no marcador de forma gradual. Ainda assim, por diversas vezes estivemos a uma posse de bola de empatar ou até passar para a frente no 'placar', mas acusávamos a pressão e o FCP voltava a alargar ligeiramente a vantagem. O jogo estava numa toada emocionante, com toda a gente em polvorosa nas bancadas, o Benfica por cima, o Porto a quebrar fisicamente, e "ao cair do pano" do tempo regulamentar Damier Pitts levou o público que encheu a Luz ao rubro, ao concretizar um triplo que empatou o Clássico (80-80) e adiou a decisão para o tempo extra. As nossas individualidades conseguiram durante cerca de 10 min disfarçar as debilidades colectivas. O ascendente mental que parecia termos ganho num ápice se evaporou. No prolongamento foi o descalabro. Os azuis voltaram ao seu melhor nível, ao invés do encarnados que cometeram uma série de 'turnovers'. Perante a confrangedora falta de ideia colectiva, clarividência e hesitações constantes, ninguém quis assumir o protagonismo. E com relativa tranquilidade a formação portista, com maior discernimento e lucidez, cavou uma boa vantagem e controlou-a até final.
Com Nicolas dos Santos, a cumprir castigo, José Ricardo chamou o jovem Neemias Barbosa. Ele e Rafael Lisboa chegaram a jogar nos últimos suspiros da primeira parte. Raven Barber voltou a ser elemento benfiquista mais inconformado ao anotar 19 pontos.
Encerrada a temporada, é o momento adequado para se fazer naturalmente o balanço. Indo directo ao assunto, falhamos redondamente os dois principais objectivos. Os únicos aspectos positivos foram a conquista da Supertaça e da Taça Hugo dos Santos. Lá fora as coisas também não correram bem, mas acaba por ser normal dado o desfasamento entre a realidade nacional e a externa. Fomos afastados na 2ª Ronda da FIBA Liga dos Campeões e posteriormente logo na 1ª Fase da FIBA Europe Cup. Esta época foi portanto um fracasso, algo transversal a outras modalidades de pavilhão. E nesta circunstância nem havia adversários a desvirtuar o mercado e a cometer loucuras. Em teoria, até éramos o plantel melhor apetrechado aquando do início da época e o candidato maior à conquista de todas as provas nacionais. Passando ao comando técnico, indiscutivelmente José Ricardo defraudou as expectativas, aliás desapontou imenso, mesmo aqueles que estiveram sempre do lado dele desde que foi confirmado o seu ingresso no Glorioso. É verdade que com Jesse Sanders e Antywane Robinson vimos a melhor perfomance deste Benfica. Ambos foram uma mais-valia enquanto estiveram de "águia ao peito". Entretanto saíram e vieram Damier Pitts e Miroslav Todic, contudo em oposição aos antecessores nenhum deles convenceu. Com eles perdemos vergonhosamente a Taça de Portugal para o surpreendente e brioso Illiabum e dissemos prematuramente adeus ao campeonato. Foram duas apostas falhadas. Não sabemos o que o mercado dispunha quando necessitamos de colmatar as saídas dos norte-americanos, mas fica a ideia de que dificilmente poderíamos ter escolhido piores opções.
Resultado Final do 5º Jogo dos 1/2 Final dos Playoffs
SL BENFICA 90-96 FC Porto
Para consulta de tudo sobre a época 2017/2018 das modalidades, pode ver aqui:
Basquetebol - http://benficaecletico.blogspot.pt/p/basquetebol.html
Hóquei em Patins - http://benficaecletico.blogspot.pt/p/hoquei-em-patins.html
Porque o SL Benfica não é só Futebol...
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