Este Sábado, a partir das 20h30, em Almada, está marcado o arranque oficial da época 2017/2018 de Voleibol, com a disputa da Supertaça entre o Campeão Nacional e o Sporting de Espinho.
Naturalmente todos nós desejamos que o Benfica conquiste o troféu pela sétima temporada consecutiva. Os "tigres" sofreram também várias mexidas... Desde logo viram mais de metade da sua equipa titular do ano passado ser levada pelo Sporting (Miguel Maia, Hugo Ribeiro, Kibinho, João Simões). Para colmatar as saídas, houve aposta na Formação, mas também o regresso do ex-Benfica, Roberto Reis, bem como a ida ao mercado venezuelano, de onde chegaram Armando Velazquez, distribuidor, e Luis Arias, oposto.
Do embate entre ambas as equipas no Torneio das Vindimas percebeu-se que naturalmente os espinhenses ainda procuram a sua melhor forma, mas há características que permanecem intactas nesta equipa: a sua raça, o acreditar em todos os pontos, uma equipa que respira voleibol e muito bem orientada por Rui Pedro Silva. O Benfica terá, e estará certamente ciente disso, de estar no seu melhor, respeitar o adversário e lutar ponto a ponto para conquistar o troféu.
José Jardim mantém-se obviamente no comando técnico. Por mais que possamos discordar de algumas decisões do Professor e de alguns fracassos que foram acontecendo aqui e ali, a verdade é que ele é a figura máxima do Voleibol benfiquista. Nos últimos anos a glória tem sido recorrente e atravessamos o período mais áureo desta secção. Portanto, não há nenhum benfiquista que equacionasse mudanças na liderança do balneário. Para este ano, JJ tem uma missão mais exigente com o regresso do Sporting à modalidade. Há mais competitividade, ou pelo menos mais concorrência na luta pelo título.
As novidades no plantel Campeão Nacional são muitas, quer obviamente pela chegada de novos reforços quer pelas saídas registadas. Numa primeira abordagem, salta logo à vista que está a ser feita uma renovação, de forma paulatina e ponderada, registando-se a saída de alguns atletas já na fase descendente das suas carreiras, como são os casos de Ché e Roberto Reis. Ambos estão relacionados directamente com o período mais glorioso desta secção e custa para nós adeptos vê-los sair. Quanto a Rapha a sua qualidade é inegável e o Benfica pretendia prolongar a ligação com o brasileiro mas motivos de ordem pessoal falaram mais alto. Mart Van Werkhoven e João Magalhães também terminaram o seu vínculo contratual com o Benfica. O curriculum de cada um, de todos os que acima foram mencionados, ao serviço do nosso clube fala por si. Fizeram parte do sucesso desta secção, uns mais protagonistas do que outros. Obrigado a todos!
Portanto estivemos activos no defeso, atacamos o mercado fundamentalmente além-fronteiras. Filip Cveticanin foi a excepção. Milija Mrdak (sérvio), Miroslav Gradinarov (búlgaro), Dusan Stojsavljevic (sérvio) e Ary Neto (brasileiro) são as as caras-novas para a nova temporada desportiva, além da integração de elementos da Formação.
Para a posição de Central, Filip Cveticanin, jovem internacional português contratado ao Castêlo da Maia, veio substituir Mart Van Verkhoven. Como Honoré e Zelão, e o júnior promovido Miguel Sinfrónio, podemos estar descansados no centro da rede. Há mais qualidade. Na distribuição está tudo na mesma, ou seja continuamos bem servidos com Vinhedo e Tiago Violas. Ivo Casas mantém-se como líder do nosso processo defensivo. Também aqui se faz sentir a aposta na Formação, particularmente em Rúben Paz.
Quanto à posição de "Zona 4", saíram Roberto Reis e Rapha. Pelo que quem chegou tem a missão difícil de fazer esquecer os antecessores. Miroslav Gradinarov (muito forte no ataque) Dusan Stojsavljevic (um jogador menos potente e mais técnico) e Ary Neto (muito alto e bom no ataque, mas também bom na recepção) juntam-se a André Lopes, esperemos que totalmente recuperado de lesão. Aguardamos então que fortaleçam e de que maneira a nossa equipa na recepção, mas também no capítulo do remate, bloco e serviço. Finalmente, para o lugar de "Oposto", o Capitão Hugo Gaspar terá como concorrente Milija Mrdak, ele que apresenta uma excelente capacidade no remate e um serviço muito potente.
Em suma, formamos um plantel capaz de concretizar os nossos intentos, com uma mescla entre juventude e experiência e reforços estrangeiros dos quais se esperam que se confirmem como mais-valias, para o ataque aos títulos internos, mas também à Challenge Cup.
O regresso do Sporting, que ingressa de imediato na 1ª Divisão, vem obviamente aumentar a popularidade e competitividade do voleibol nacional e como tem sido apanágio leonino nas restantes modalidades de pavilhão o investimento para este projecto foi desenfreado e desmedido. Com o veterano Miguel Maia como figura principal do projecto, e treinados por Hugo Silva (numa estranha licença sabática do seu cargo de Seleccionador Nacional), os leões construíram um plantel recheado de alguns dos melhores valores lusos e de atletas estrangeiros. Também a Fonte Bastardo se reforçou e bem e certamente terá uma palavra a dizer na luta pelos títulos em disputa. O Sp. Espinho é um histórico da modalidade e há que ter sempre em conta, tal como o Castêlo da Maia. Ambos podem vencer em qualquer pavilhão.
Como não poderia deixar de ser, até porque a hegemonia nacional da modalidade pertence-nos, o SL Benfica é o candidato principal a vencer todas as provas nacionais - Campeonato Nacional, Supertaça e Taça de Portugal. Na Challenge Cup, o objectivo passa por chegar o mais longe possível, encarando eliminatória "de per si".
Supertaça Nacional 2017
Sábado - dia 30:
SL BENFICA-Sp. Espinho 20h30 SPORT TV 5