terça-feira, 16 de outubro de 2018

Porque o SL Benfica não é só Futebol...

À excepção da divisão de pontos no Derby do hóquei patinado, o pretérito fim de semana teve saldo positivo para as cores gloriosas.

Confira a nossa singela análise sobre cada um dos sete jogos realizados.


Dupla vitória em Andebol, no confronto com uma equipa sediada na Islândia. Está assim carimbado o passaporte para a terceira Ronda da Taça EHF.

Na 1ª Mão vencemos o FH Hafnarfjordur por 37-32. O acesso à próxima eliminatória foi selado com novo triunfo, por 31-34. No global, ambos os jogos foram interessantes de se seguir, e com a maior qualidade técnica dos encarnados a ditar leis.

A batalha desta 2ª Ronda foi pautada pelo equilíbrio no seu início, com os ataques a suplantaram as defesas, até aos 12 min de jogo. A alteração promovida por Carlos Resende no sistema defensivo (5x1), com Seabra a pressionar à frente e Ristovski sempre a dar indicações aos seus colegas, causou dificuldades aos islandeses. No ataque o Benfica permaneceu eficaz, com mobilidade constante. E por isso não foi de estranhar que tenhamos descolado no marcador (14-9 aos 20 min). A formação vinda da Islândia revelou, em geral nas duas partidas disputadas, organização e regularidade exibicional e sobretudo que não precisa de muita cerimónia para rematar à baliza contrária. Atingiu-se o intervalo, com o SLB a ganhar por 19-16.

A toada do encontro continuou no mesmo registo nos segundos 30 min, isto é, com supremacia benfiquista. Com Seabra (melhor marcador do lado encarnado, a par de Belone Moreira, com sete golos) a comandar as tropas na manobra ofensiva, o Benfica não teve piedade e foi aumentando a vantagem. Muita dinâmica e inteligência na procura da melhor solução para finalizar. Os islandeses ainda assim não deixaram os locais fugir muito no marcador, e o Benfica também não forçou muito na vertente defensiva. Têm um andebol mais físico e portanto mantiveram o nível até ao apito final, tendo encurtado ligeiramente distâncias na parte final do desafio.

De salientar a boa actuação de Fábio Vidrago no decorrer do segundo tempo. Paulatinamente está a voltar ao seu nível. Referência ainda para o sub-capitão João Pais. Não restam duvidas de que Carlos Resende está a conseguir optimizar a perfomance do Ponta Esquerda.

No encontro deste Domingo a titularidade de Hugo Figueira, que já tinha jogado durante tempo considerável na segunda parte do jogo de Sábado, constituiu a principal novidade.

Os encarnados entraram precipitados, em oposição à maior lucidez dos islandeses no processo ofensivo (4-1). As águias lá despertaram, imprimindo maior velocidade na circulação de bola, e à passagem do min 15 assumiram a dianteira no marcador (6-7). Os encarnados fartaram-se do equilíbrio que predominava até então e tomaram a iniciativa do jogo. Hugo Figueira fez um par de boas intervenções e os seus colegas de equipa impuseram maior agressividade e esclarecimento. E ao intervalo o SLB vencia por 15-18.

Na segunda metade da partida o cenário foi favorável para as águias que estiveram sempre na frente do marcador. Geriram o jogo com tranquilidade. O técnico encarnado aproveitou entretanto para rodar o plantel, fazendo uso da profundidade à sua disposição. Por exemplo, Miguel Espinha rendeu Figueira na baliza. Nuno Grilo, com cinco golos anotados, foi o melhor marcador do conjunto às ordens de Carlos Resende.

Resultado Final da 1ª Mão da Taça EHF (2ª Ronda)

SL BENFICA 37-32 FH Hafnarfjordur

Resultado Final da 2ª Mão da Taça EHF (2ª Ronda)

FH Hafnarfjordur 31-34 SL BENFICA


Também no Voleibol se venceu em dose dupla, frente aos dois emblemas de Espinho para a 1ª Fase do Campeonato Nacional.

E em ambos os desafios asseguramos um triunfo por 3-0. No Sábado, perante a vulnerável Académica de Espinho. E no Domingo frente ao combativo Sporting de Espinho. Segue-se o Sporting no próximo fim de semana.

Como era expectável a tarefa de Sábado foi acessível. Os parciais (25-10; 25-12; 25-16) espelham bem a gritante desigualdade de forças. Marcel Matz promoveu alterações, com sublinhado especial para a estreia do Bernardo Martins (ex-SC Caldas). O Zona 4 entrou a meio do segundo set e não mais regressou ao banco. Apesar da sua juventude revelou muita serenidade. Por certo iremos voltar a vê-lo mais vezes em acção. Rapha (melhor pontuador do jogo com 11 pontos), Theo Lopes, Zelão e Nuno Pinheiro alinharam de início.

Depois de defrontarmos um clube que luta pela manutenção naturalmente Matz fez regressar Fred Winters, Hugo Gaspar, Peter Wohlfahrtstatter e Tiago Violas à formação inicial.

Os tigres vieram à Luz após uma derrota surpreendente em casa ante o Esmoriz. De orgulho ferido, os comandados de Alexandre Afonso lutaram ao máximo em cada ponto e obrigaram as águias a fazer valer o seu poderio a todos os níveis.

Pelos parciais facilmente se conclui que não foi nada simples a vitória do Benfica. O equilíbrio foi a nota dominante. No primeiro set o colectivo encarnado aproveitou os erros do opositor para se distanciar (14-11). Essencialmente com o serviço a provocar dificuldades ao adversário, o Benfica não desperdiçou a vantagem e com relativa autoridade se adiantou no Clássico (25-19). Matz recorreu ao banco na fase decisiva do set, algo que já nos vem habituando, especificamente com as entradas de Nuno Pinheiro e Theo.

Os dois sets seguintes tiveram um denominador comum que consistiu na vitória benfiquista por 25-23. E a realidade é que foram pautados pelo equilíbrio. E ficou bem patente que este Sp. Espinho continua a ser um adversário a ter em conta, como é tradição, particularmente no terceiro set onde estiveram mais tempo no comando do marcador (10-13), numa fase em que a nossa distribuição não foi a melhor. O técnico encarnado não demorou a reagir, chamando à atenção os seus elementos, e o Benfica de imediato virou o tabuleiro do jogo (18-17) e arrancou para a vitória, imune aos protestos veementes e despropositados, já típicos do lado do conjunto da Capital do Voleibol. Fred Winters e Hugo Gaspar foram os melhores pontuadores do encontro, com 15 e 14 pontos respectivamente.

Resultados Finais da 2ª Jornada (1ª Fase)

SL BENFICA 3-0 Ac. Espinho (25-10; 25-12; 25-16)
Sp. Espinho 0-3 Esmoriz (22-25; 21-25; 19-25)
Ac. São Mamede 3-0 Clube K (25-15; 25-16; 25-7)
SC Caldas 3-0 V. Guimarães (26-24; 25-21; 25-21)
Castêlo da Maia 0-3 Sporting (17-25; 20-25; 20-25)
Famalicense 1-3 Fonte Bastardo (18-25; 25-21; 20-25; 23-25)
VC Viana 0-3 Leixões (11-25; 22-25; 19-25)

Resultados Finais da 3ª Jornada (1ª Fase)

SL BENFICA 3-0 Sp. Espinho (25-19; 25-23; 25-23)
Leixões 3-0 Ac. Espinho (25-18; 25-22; 25-22)
VC Viana 3-2 Fonte Bastardo (25-23; 20-25; 25-23; 15-25; 15-12)
SC Caldas 3-1 Ac. São Mamede (26-24; 25-21; 20-25; 25-19)
Esmoriz 3-0 Clube K (25-10; 25-4; 25-11)
Castêlo da Maia 2-3 V. Guimarães (25-23; 21-25; 25-17; 16-25; 11-15)
Sporting 3-0 Famalicense (25-22; 25-17; 25-13)


Diante do histórico Esgueira, a formação benfiquista venceu por 69-89, para a 2ª Jornada da 1ª Fase do Campeonato Nacional de Basquetebol.

Casa cheia na recepção ao Benfica. Saudamos o regresso do Esgueira ao escalão máximo nacional, 20 anos depois da última presença. Ambiente de fazer inveja à larga maioria dos jogos disputados na Luz. Vitória justa dos comandados de Arturo Álvarez numa região apaixonada por esta modalidade.

Cinco inicial com Miguel Maria, Arnette Hallman, José Silva, Micah Downs e Cláudio Fonseca. Fábio Lima também já debelou a lesão e foi utilizado. Quanto a Xavi Rey, está próximo de se estrear de "águia ao peito".

O tiro exterior foi uma das principais armas ofensivas aplicadas pelas duas equipas no 1º Período. Neste âmbito o Benfica começou por abrir as hostilidades (8-17), para depois haver a resposta do lado do Esgueira (16-18). Erros dos visitados ditaram novo afastamento das águias (16-27). De resto, na primeira parte vislumbrou-se que o Benfica com relativa facilidade sempre que trocava a bola com algum critério conseguia lançamentos sem oposição, o que era previsível face à diferença de capacidade entre as duas equipas. A maior envergadura física dos pupilos de Arturo Álvarez também se fez notar nos duelos individuais e na luta pelos ressaltos, em sintonia com a intensidade aplicada do ponto de vista defensivo. Chegados ao intervalo, o 'placar' assinalava 34-45 a favor dos lisboetas.

À medida que o tempo foi passando a maior frescura dos encarnados começou a sentir-se. E isso ficou logo espelhado nos instantes iniciais da etapa complementar (39-61). Com a vitória praticamente no bolso, fruto da vantagem na casa das duas dezenas de pontos, o técnico espanhol efectuou rotação do plantel, permitindo tempo de jogo, entre outros, a Fábio Lima e Gonçalo Delgado. Há jogadores que para já não estão a corresponder às expectativas, o que não é de todo o caso de Micah Downs. O norte-americano foi o protagonista do embate, com 20 pontos, 4 ressaltos e 3 assistências.

Resultados Finais da 2ª Jornada (1ª Fase)

Esgueira 69-89 SL BENFICA
Terceira Basket 74-77 Lusitânia
CAB Madeira-Galitos Barreiro (1/12, às 17h)
Imortal 76-95 Oliveirense
Ovarense 76-79 FC Porto
V. Guimarães 97-90 Illiabum


Na tarde de Domingo, o Benfica deslocou-se ao Centro do país para derrotar tangencialmente por 2-3 o Viseu 2001, na 5ª Jornada da Fase Regular do Campeonato Nacional de Futsal.

Ganhar é sempre importante, mais ainda quando o rival directo na luta pelo título tropeça. O Benfica sofreu mas cimentou a liderança isolada do campeonato, beneficiando do inesperado empate do Sporting (precisamente o nosso próximo adversário) na recepção à Quinta dos Lombos. As duas últimas saídas do Benfica em termos nacionais foram ao terreno de dois recém-promovidos e, indiscutivelmente, ambas ficaram marcadas pelas dificuldades sentidas pelas hostes encarnadas.

A formação da casa apresentou-se galvanizada pelo apoio entusiasta dos seus adeptos e completamente desinibida. Criou muito perigo e esteve muito perto de nos tirar pontos. Roncaglio foi o herói. O guardião subiu no terreno e rematou para o fundo das redes, garantindo os três pontos a 15 segundos do fim.

Com Robinho e Fernandinho de fora, o Benfica deparou-se com muitos problemas em contrariar o ímpeto viseense. Mais ainda quando os da casa inauguraram o activo e, posteriormente, ampliaram para 2-0. Por um lado era aceitável um menor rendimento dos encarnados em virtude dos compromissos europeus na semana anterior, por outro lado era inadmissível tantas dificuldades das águias em impor o seu jogo. Mas quem se estava a marimbar para isso era o Viseu 2001 que praticou um futsal sólido e letal no aproveitamento dos erros do opositor. Os dois golos caseiros deixaram os futsalistas do Benfica claramente ainda mais atordoados. Claro está que o Benfica dispôs de algumas oportunidades para chegar ao golo, mas a coesão defensiva e o guarda-redes da casa foram adiando os intentos benfiquistas. 

O Benfica regressou à quadra com outra atitude, para melhor, ciente de que teria de suar bem a camisola para manter-se na rota vitoriosa. Era visível alguma ansiedade nos pupilos de Joel Rocha. As coisas poderiam ter assumidos contornos mais negativos, mas felizmente a formação da casa desperdiçou oportunidade flagrante para dilatar a vantagem, através de uma grande penalidade. Isto serviu de catalisador para a reviravolta encarnada. A partir daí os encarnados começaram a massacrar e as situações de golo iminente sucederam-se. Muitas bolas enviadas aos postes pelo meio. E três golos do Benfica! Três pontos conquistados, arrancados "a ferros". O energético Chaguinha regressou aos golos, a cerca de 9 min do fim. Os da casa chegaram à 6ª falta e Bruno Coelho na conversão de um livre de 10 metros repôs o empate. Faltavam jogar-se 8 min. Só dava Benfica. Mas o esperado golo da "remontada" tardava em surgir. O capitão dispôs de dois livres de 10 metros mas não concretizou. O festival de golos falhados continuou e já quando parecia que o jogo iria terminar empatado apareceu Diego Roncaglio a rematar de meia distância e a levar os ruidosos adeptos benfiquistas presentes ao delírio.

Resultados Finais da 5ª Jornada

Viseu 2001 2-3 SL BENFICA
AD Fundão 2-3 Sp. Braga
Unidos Pinheirense 3-4 Módicus
Sporting 2-2 Quinta dos Lombos
Eléctrico 5-1 Leões de Porto Salvo
Rio Ave 3-3 Futsal Azeméis
Belenenses 3-2 Burinhosa


Ainda não foi desta que se matou o borrego na casa leonina. Empate a três bolas no duelo entre eternos rivais, no jogo de maior cartaz da ronda inaugural do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins.

Os homens de "águia ao peito" entraram praticamente a vencer e foram os únicos que estiveram na posição de vantagem ao longo do choque de titãs. Mas não conseguiram sair do João Rocha vitoriosos. Deu para confirmar que há um jogar diferente este ano por parte da formação liderada por Pedro Nunes. O processo está distante de estar consolidado, ainda por cima com as ausências de Nicolia e Ordoñez em grande parte da pré-época, mas este estilo de jogo mais equilibrado no sentido táctico, mais pragmático e menos vertiginoso, leva-nos a crer que pode muito bem redundar numa temporada feliz.

Vieirinha de fora. Lucas era dúvida mas estreou-se com o "Manto Sagrado" envergado. O elenco titular foi composto por Pedro Henriques, Valter Neves, Albert Casanovas, Diogo Rafael e Jordi Adroher.

Como acima mencionado, o colectivo encarnado entrou por cima no Derby e de forma madrugadora Casanovas fez das duas. Ainda dentro do minuto inicial, uma das novidades para esta temporada estreou-se a marcar com o "Manto Sagrado" envergado. Tiro de longa distância do espanhol, antes da linha divisória, que surpreendeu Ângelo Girão. Benfica com solidez defensiva e no ataque a verificar-se um Benfica mais maduro, equilibrado, a circular a bola com segurança, não permitindo praticamente ao rival a possibilidade de explorar o contra-golpe. 0-1 ao intervalo, o Benfica dominava e por conseguinte a vantagem justificava-se plenamente.

Nesta modalidade nunca nada está garantido e num ápice o rumo do jogo pode ser modificado drasticamente. Até porque a dupla de arbitragens gosta de ser protagonista, seja por descortinar faltas onde elas não existem, por ser atingida por perdas de visão momentâneas, ou pela dualidade de critérios, fundamentalmente quando o Benfica está em pista. Por exemplo, na primeira parte ficou por marcar um castigo máximo claro a favor dos encarnados.

Portanto, ao Benfica exigia-se o máximo de concentração ate ao soar da buzina final, mantendo a mesma receita dos primeiros 25 min. Até porque jogávamos em casa do actual campeão nacional. Pois bem, as poucas desatenções evidenciadas pelos encarnados custaram-lhes caro e justificam a perda de dois pontos. O cenário até parecia animador, depois de Adroher com classe aumentar a contagem para 2-0, na recarga a uma "stickada" do meio da rua de Casanovas. Só que entretanto o Benfica errou e os leões aproveitaram para restabelecer a igualdade, no espaço de 5 min. Nicolia na resposta, sem oposição foi letal, colocou as águias outra vez na frente do marcador. Entretanto os palhaços apareceram a assinalar uma grande penalidade contra o Benfica. Caio não acertou no alvo e na segunda tentativa foi travado por Pedro Henriques. De seguida, oportunidade de ouro para o Benfica fazer o 2-4, todavia Adroher desperdiçou o livre directo resultante de um azul mostrado aos leões. Não soubemos aproveitar a superioridade numérica (powerplay) e a incerteza quanto ao vencedor era uma realidade. Mais ainda ficou pelo facto do SLB ter atingido primeiro a nona falta, ficando condicionado para a fase decisiva do jogo. O energúmeno do Pedro Gil empatou a cerca de três minutos do fim, fixando o resultado final.

Resultados Finais da 1ª Jornada

Sporting 3-3 SL BENFICA
FC Porto 7-1 AD Oeiras
Oliveirense 8-3 Juv. Viana
HC Braga 3-0 HC Turquel
Sp. Tomar 3-2 Paço de Arcos
SC Marinhense 1-6 AD Valongo
OC Barcelos 4-4 Riba D'Ave


Para consulta de tudo sobre a época 2018/2019 das modalidades, pode ver aqui:





Porque o SL Benfica não é só Futebol...

SPORT LISBOA E BENFICA!!! 1904!!!


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