Já salta a bola no Basquetebol Feminino.
A época 2014/2015 traduz um
grande desafio para o Sport Lisboa e Benfica: a estreia na Liga Feminina, mais
alta competição feminina de basquetebol, este ano na sua 17ª edição.
No banco continua André
Cardoso numa aposta mais que lógica no treinador que garantiu duas subidas de
divisão e dois títulos nacionais consecutivos para esta equipa e para o clube.
Este ano André Cardoso será coadjuvado por Tiago Afonso também treinador das
Sub-14. Completam o elenco os seccionistas Gisela Silva e Luis Coelho sempre sob
a alçada de Goran Nogic, o coordenador da modalidade.
Com uma equipa jovem, o objectivo principal
traçado para esta época é a manutenção no mais alto nível do Basquetebol
feminino alicerçando um projecto iniciado há três temporadas e cujos elementos
vão estar daqui a 4 ou 5 anos na sua melhor idade e maior maturidade em todas
as vertentes competitivas. No fundo passará por evoluir individualmente e como
equipa de forma a criar uma base sólida de jogadoras portuguesas para que nos
próximos anos a equipa seja ainda mais forte e competitiva.
As mudanças para esta época
não foram muitas.
Da época anterior saíram Andreia Teixeira (por motivos pessoais e
profissionais), Marcela Cossermeli, Marta Silva (Olivais) e Sara Tavares (ao
que tudo indica para o Sporting).
Por outro lado, e até ao
momento, são reforços Joana Ramos (ex-GDEMAM) e Brigitta Cismasiu (atleta
internacional Portuguesa ex-Sanga Milano, Itália, onde se encontrava a estudar
ao abrigo do programa Erasmus).
Deste modo, e se não houver
mais reforços, o cinco base deverá manter-se com: Sofia Ramalho na posição 1,
Jovana Nogic na 2, Paula Couto e Marta Augusto nas posições 3 e 4 e Joana Alves
na 5.
Se olharmos para a aposta
forte que é feita por equipas como Quinta dos Lombos (7 jogadoras profissionais
em 2013/2014), Vagos, CAB, Boa Viagem, União Sportiva ou mesmo Algés
constatamos que, perante estas equipas que contam com atletas estrangeiras e
atletas das selecções nacionais, o Sport Lisboa e Benfica terá claramente
desvantagem no jogo interior e na luta das tabelas, zona do campo onde estas
equipas normalmente recorrem ao mercado estrangeiro. Assim, a chave do sucesso
desta época estará na exploração do handicap: correr mais e mais rápido do que
as outras equipas e seleccionar bem o lançamento.
Sendo o basquetebol um
desporto colectivo e talvez aquele onde a vertente “equipa” mais sobressai, é
também feita de individualidades e aqui claramente se destacam no Sport Lisboa
e Benfica como peças chave da equipa:
- Sofia Ramalho: base muito
completa com excelente capacidade de organização e de assumir o jogo e os
momentos decisivos. Muito bom lançamento de média e longa distância, revela uma
grande capacidade de penetração fruto de uma forte mudança de velocidade e
rapidez de execução sendo exímia na assistência para as colegas. Internacional
Portuguesa é a jogador mais experiente da equipa onde ingressou em 2012/2013
depois de na época anterior representar o C.R.C. Quinta dos Lombos e após 6
épocas em Espanha. Foi 2 vezes Campeã Nacional pelo Clube Desportivo da Póvoa
(2000) e Santarém Basket (2003/2004), venceu 1 Supertaça pelo Clube Desportivo
da Póvoa (2001), eleita por 5 vezes para o All-Star (1999/2000/2001/2002/2004)
e Campeã da Liga2 de Espanha pelo Universitário de Ferrol (2004/2005).
Será sobre ela que recairão
as maiores responsabilidades da equipa e as esperanças dos/das Benfiquistas.
- Jovana “Yoyo” Nogic:
internacional Sub-18 pela Sérvia e filha do coordenador da modalidade Goran
Nogic, trata-se de uma jovem base-extremo de 17 anos apenas e com um potencial
incrível fruto de uma grande capacidade de trabalho e sacrifício tão
características da escola sérvia e para quem a Liga Feminina portuguesa será,
em breve, pequena de mais (não se esqueçam destas palavras) fruto do seu
domínio pelos fundamentos do jogo, leitura de jogo e exímio lançamento. Apesar
dos seus tenros 17 anos espera-se esta época a sua afirmação e confirmação de
todo o seu potencial que terá necessariamente que passar pelo aumento dos
índices de confiança do seu jogo para assumir responsabilidade com bola. Esteve
presente no Europeu Sub-18 em Matosinhos deste ano depois de em 2013 ter sido
peça chave da Sérvia no Europeu Sub-16, também em Matosinhos, onde derrotou
Portugal na final da Divisão B.
- Paula Couto: extremo
destemida e boa defensora, sem medo de assumir o jogo, com bom lançamento de
média distância e excelente capacidade de penetração para o cesto
independentemente do adversário poderá ser uma agradável surpresa na Liga.
O Algés forte? Está enganado. As equipas mais fortes, são Vagos, Lombos, Sportiva, CAb e GDESSA. O Benfica lutará pelos lugares cimeiros se contratar uma ou duas jogadoras para posições interiores. Mais a Brigitta também fez seleções nacionais. O Benfica se tiver o plano de treino da temporada passada, acaba por treinar mais que a maioria das equipas da Liga feminina. Boa época
ResponderEliminarCaro anónimo, obrigado pelo seu comentário.
ResponderEliminarEm relação ao Algés, repare no "ou mesmo Algés" e no "que contam com atletas estrangeiras e atletas das selecções nacionais" uma vez que tradicionalmente apostam forte e em atletas estrangeiras mas que este ano apesar de quebra na aposta e patrocínio, até informação em contrário (uma vez que neste momento não disponho de informação nesse sentido), manterão atletas de selecção como Simone Costa ou Chelsea Guimarães e que são das melhoras das suas gerações.
Em relação à Brigitta Cismasiu é referido que é atleta internacional Portuguesa mas neste momento e pelos jogos já disputados não é possivel aferir que contributo o que mais valia trará para a equipa.
O reforço das posições interiores está a ser equacionado mas ainda não é uma certeza mas a acontecer fará toda a diferença no jogo e na época. Como diz e bem, mantendo o plano de treino que à partida vai manter, treina mais do que a maioria das equipas daí a chave na exploraçao do handicap: correr mais e mais rápido do que as outras equipas e seleccionar bem o lançamento.