Após o interregno competitivo do Verão, é lançada, na próxima sexta-feira, pelas 21 horas, "a bola ao ar" da próxima temporada para a equipa de Basquetebol do SL Benfica, com a disputa da 1.ª Jornada do Troféu António Pratas.
Carlos Lisboa e a restante equipa técnica (à excepção de Goran Nogic) continuam no comando dos encarnados. Percebo a opção da direcção de que "em treinador que ganha não se mexe", no entanto continuo a pensar que havia opções de maior qualidade para exercer o comando técnico benfiquista no Basquetebol. O Tricampeonato foi aquele em que mais senti o "dedo" do treinador, principalmente no processo defensivo. Contudo, julgo ainda que este não explora o máximo rendimento de cada jogador e coloca o nosso colectivo apenas a jogar um basquetebol "quanto baste" para a qualidade dos plantéis que tem tido à sua disposição. De todo o modo, só me resta desejar que conquiste tudo em 2014/15, pois o seu sucesso é a minha felicidade.
Quanto ao nosso plantel, registam-se apenas duas saídas: o melhor jogador português da actualidade, João "Betinho" Gomes, e o poste americano David Weaver. Para colmatar estas lacunas chegaram à Luz o internacional português João Soares, oriundo de Oliveira de Azeméis, e o extremo-poste norte-americano com experiência europeia Ronald Slay.
Entre "o deve e o haver" acredito que estaremos um pouco mais fracos, principalmente na luta das tabelas. Um facto que será mais notório no regresso às competições europeias.
Na posição de base continuamos com o nosso trio de portugueses - Mário Fernandes, Diogo Carreira e Tomás Barroso - ao qual acrescentamos Diogo Gameiro, proveniente da nossa Formação. Mário será o titular, pois apresenta características de "verdadeiro" base, isto é, organiza o jogo, sabe controlar os seus tempos, revela muito inteligência na leitura de tudo que se passa à sua volta e, ao mesmo tempo, dispõe de um bom tiro exterior. O Capitão Diogo Carreira é o jogador dos momentos decisivos. Está talhado para ser fundamental na hora do aperto. Já o jovem Tomás Barroso é o chamado "não base". Joga na posição 1, mas pensa o jogo de forma muito individual. Tem que evoluir muito nesse aspecto. Quanto ao Gameiro, trata-se de um excelente defensor, com a mentalidade certa para a modalidade, precisando de evoluir nos aspectos ofensivos do jogo.
No que diz respeito aos "extremos" estamos muito bem servidos Jobey Thomas, Carlos Andrade, João Soares e Carlos Ferreirinho são as nossas opções. O norte americano é simplesmente o melhor jogador a actuar em Portugal nos últimos anos. Lança como ninguém, além de ser um enorme profissional, o que se constata na forma como defende o seu cesto. Do reforço João Soares espero que venha fazer "um pouco de tudo" em campo. É um bom ressaltador, forte na penetração para o cesto. Porém, no capítulo do lançamento, revela-se irregular. Ainda assim, acredito que, mesmo neste particular, possa evoluir de forma positiva. Obviamente não fará esquecer o Betinho. No entanto constitui uma opção muito útil em vários capítulos do jogo. Carlos Andrade continua de águia ao peito. Espero que tenha uma época sem lesões. A sua energia defensiva é muito importante, pois contagia todo o grupo. Por isso quero vê-lo dentro do campo a fazer a diferença. Quanto a Ferreirinho precisa de deixar de ser apenas um lançador de 3 pontos. É um bom executante de longa distância, porém muito previsível em tudo que faz. Tem obrigatoriamente que crescer na leitura de jogo e em "pequenos grandes" pormenores, como seja a utilização o drible para ultrapassar os adversários.
Por fim, o jogo interior da equipa está mais "baixo" e ao mesmo tempo mais "móvel". Tal conclusão resulta, à primeira vista, da entrada de Slay para o lugar de Weaver. Pelo que pude observar no Torneio Internacional da Luz, a nova contratação norte-americana constitui um "falso" poste. Joga sobretudo a 3/4 metros do cesto e possui um bom lançamento exterior. Parece-me que "foge" da luta das tabelas. E isso não nos será benéfico, principalmente na EuroChallenge, onde encontrará opositores fisicamente muito fortes.
Seth Doliboa e Frederick Gentry, duas "velhas" raposas do nosso Basquetebol, continuam de "águia ao peito". Costumo afirmar que "quando Doliboa joga mal é o segundo melhor em campo". Por vezes parece afastado do jogo, mas no final, quando se analisa a estatística, percebe-se a sua importância em todo a acção colectiva. Já Gentry, com toda a sua experiência, constitui o chamado "jogador útil". Muito inteligente, defende muito bem e, ao contrário de Doliboa, muitas das coisas que faz de bem não surgem na estatística, como, por exemplo, as ajudas nos bloqueios. Espero, por último, que este seja o ano de Cláudio Fonseca. Está na hora de "dar um salto" qualitativo e regular, para um patamar conforme com o seu potencial. Quero ver aquilo que ele mostrou na Selecção Nacional e aquilo que já o vi fazer, em anos transactos, em Guimarães. Acredito que a competição europeia fará muito bem ao seu desenvolvimento técnico e psicológico. A Artur Castela resta aproveitar, ao máximo, todos os minutos que lhe serão concedidos e mostrar toda a sua qualidade, a qual faz dele um dos melhores jogadores portugueses da sua geração.
Entre "o deve e o haver" acredito que estaremos um pouco mais fracos, principalmente na luta das tabelas. Um facto que será mais notório no regresso às competições europeias.
Na posição de base continuamos com o nosso trio de portugueses - Mário Fernandes, Diogo Carreira e Tomás Barroso - ao qual acrescentamos Diogo Gameiro, proveniente da nossa Formação. Mário será o titular, pois apresenta características de "verdadeiro" base, isto é, organiza o jogo, sabe controlar os seus tempos, revela muito inteligência na leitura de tudo que se passa à sua volta e, ao mesmo tempo, dispõe de um bom tiro exterior. O Capitão Diogo Carreira é o jogador dos momentos decisivos. Está talhado para ser fundamental na hora do aperto. Já o jovem Tomás Barroso é o chamado "não base". Joga na posição 1, mas pensa o jogo de forma muito individual. Tem que evoluir muito nesse aspecto. Quanto ao Gameiro, trata-se de um excelente defensor, com a mentalidade certa para a modalidade, precisando de evoluir nos aspectos ofensivos do jogo.
No que diz respeito aos "extremos" estamos muito bem servidos Jobey Thomas, Carlos Andrade, João Soares e Carlos Ferreirinho são as nossas opções. O norte americano é simplesmente o melhor jogador a actuar em Portugal nos últimos anos. Lança como ninguém, além de ser um enorme profissional, o que se constata na forma como defende o seu cesto. Do reforço João Soares espero que venha fazer "um pouco de tudo" em campo. É um bom ressaltador, forte na penetração para o cesto. Porém, no capítulo do lançamento, revela-se irregular. Ainda assim, acredito que, mesmo neste particular, possa evoluir de forma positiva. Obviamente não fará esquecer o Betinho. No entanto constitui uma opção muito útil em vários capítulos do jogo. Carlos Andrade continua de águia ao peito. Espero que tenha uma época sem lesões. A sua energia defensiva é muito importante, pois contagia todo o grupo. Por isso quero vê-lo dentro do campo a fazer a diferença. Quanto a Ferreirinho precisa de deixar de ser apenas um lançador de 3 pontos. É um bom executante de longa distância, porém muito previsível em tudo que faz. Tem obrigatoriamente que crescer na leitura de jogo e em "pequenos grandes" pormenores, como seja a utilização o drible para ultrapassar os adversários.
Por fim, o jogo interior da equipa está mais "baixo" e ao mesmo tempo mais "móvel". Tal conclusão resulta, à primeira vista, da entrada de Slay para o lugar de Weaver. Pelo que pude observar no Torneio Internacional da Luz, a nova contratação norte-americana constitui um "falso" poste. Joga sobretudo a 3/4 metros do cesto e possui um bom lançamento exterior. Parece-me que "foge" da luta das tabelas. E isso não nos será benéfico, principalmente na EuroChallenge, onde encontrará opositores fisicamente muito fortes.
Seth Doliboa e Frederick Gentry, duas "velhas" raposas do nosso Basquetebol, continuam de "águia ao peito". Costumo afirmar que "quando Doliboa joga mal é o segundo melhor em campo". Por vezes parece afastado do jogo, mas no final, quando se analisa a estatística, percebe-se a sua importância em todo a acção colectiva. Já Gentry, com toda a sua experiência, constitui o chamado "jogador útil". Muito inteligente, defende muito bem e, ao contrário de Doliboa, muitas das coisas que faz de bem não surgem na estatística, como, por exemplo, as ajudas nos bloqueios. Espero, por último, que este seja o ano de Cláudio Fonseca. Está na hora de "dar um salto" qualitativo e regular, para um patamar conforme com o seu potencial. Quero ver aquilo que ele mostrou na Selecção Nacional e aquilo que já o vi fazer, em anos transactos, em Guimarães. Acredito que a competição europeia fará muito bem ao seu desenvolvimento técnico e psicológico. A Artur Castela resta aproveitar, ao máximo, todos os minutos que lhe serão concedidos e mostrar toda a sua qualidade, a qual faz dele um dos melhores jogadores portugueses da sua geração.
Quem conhece a modalidade sabe que o maior adversário na última época do SL Benfica era o próprio SL Benfica. O mesmo se aplica para a nova temporada. Parece-me que teremos um Campeonato mais competitivo que no ano transacto - muita atenção ao Vitória de Guimarães! -, contudo a única equipa favorita a conquistar todos os títulos a nível nacional é o SL Benfica.
No regresso aos palcos europeus, o pensamento deve passar por encarar todos os jogos com a máxima ambição, possibilitando, a todos os atletas, a disputa de encontros de um nível bastante superior àquele que temos em Portugal.
Caros jogadores e equipa técnica, a vossa obrigação é GANHAR todas as competições a nível nacional! Campeonato Nacional, Taça de Portugal, Supertaça, Taça Hugo dos Santos e Troféu António Pratas têm de ser nossos. Sem qualquer desculpa.
Podem consultar tudo sobre a época do Basquetebol do SL Benfica em:
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