segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Limpeza de balneário...

A gestão do balneário vem sendo um dos principais problemas do Futsal encarnado ao longo dos últimos cinco anos. Além da clara perda de qualidade dos diferentes plantéis em relação ao principal rival, nota-se claramente que existiram alguns atletas que pensavam o jogo de forma muito individual, preterindo o colectivo.
Neste sentido, os jogadores Marcão, Joel Queirós, Nenê, Ricardo Fernandes e Serginho estão de saída do SL Benfica. 

Começando pela baliza, Marcão decidiu aceitar uma proposta financeiramente muito boa apresentada pelo Kairat Almaty, do Cazaquistão. Nunca fui um grande fã do guarda-redes brasileiro. Tem qualidade e provou-o no Belenenses e mesmo no nosso clube, mas sempre pensei que precisávamos de alguém que fizesse realmente a diferença num lugar fulcral de qualquer equipa. A última temporada de Marcão foi uma desilusão. Fica-me na retina aquele péssimo desempenho na Final da Taça que contribuiu de forma importante para o desfecho desse encontro. 

A chegada do fixo Ricardo Fernandes à Luz encerrava expectativas elevadas, pois trata-se de um internacional português, um futsalista com características raras em Portugal. Vinha para dar consistência defensiva ao colectivo, assim como para emprestar "poder de fogo" no remate exterior. 
Iniciou muito bem a última época. Porém, aos poucos, foi caindo de rendimento como toda a equipa. Não provou ser uma mais-valia. 
Agora, quando um jogador não quer permanecer no clube, a porta de saída é a serventia da "casa". No Benfica só está quem quer ficar e dar tudo em prol da instituição. Ninguém está acima do clube. 

Quanto ao ala/pivot Joel Queirós, o problema vai muito além da quadra. Pertenceu à equipa Campeã da Europa em 2010, foi um dos melhores futsalistas da nossa história, é um grande goleador, todavia o sucesso da secção está muito dependente da coesão/união do grupo. E Joel pouco contribuiu para isso. Não se pode ter jogadores que criam sistematicamente problemas aos técnicos na gestão de um balneário. 
Além de tudo isto, o seu rendimento nas últimas épocas não tem sido o melhor, somando lesões atrás de lesões que o impedem de dar o seu contributo. 
Obrigado por tudo aquilo que deu ao SL Benfica, ajudando a escrever a página mais bonita da História da modalidade.

A saída do pivot Nenê deve-se essencialmente à falta de qualidade. É um jogador muito "curto" para as nossas ambições. O clube necessita urgentemente de melhor. Sempre foi um futsalista que se dedicou e entregou ao máximo pelo clube, revelou-se útil nalgumas ocasiões até, porém faltava-lhe sempre qualquer coisa na hora da decisão.

O ala Serginho vinha rotulado de "craque" aquando da sua ida para o Glorioso. Infelizmente, não confirmou todas as expectativas criadas em seu redor. Contribuiu de forma decisiva para vários golos sofridos ao longo do último ano. Nunca se adaptou ao futsal europeu. Nunca foi o desequilibrador que o colectivo precisava para decidir as partidas mais importantes.
Era um atleta muito "caro" para o rendimento que demonstrava em campo. Totalmente de acordo com a rescisão do seu contrato. 




1 comentário:

  1. Bom post. Aguardo com expectativa a mesma análise às entradas no plantel.
    Cumps

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