Escrever sobre a época da equipa de Andebol do SL Benfica é falar de derrotas, desilusões, humilhações e tristezas que parecem não ter fim. Mais uma temporada que chega ao fim a vermos os rivais a festejar. Até quando?
Após a demissão do Mestre Donner, esta secção do clube entrou num declínio total a vários níveis. Os últimos seis anos mostraram equipas completamente à deriva e compostas por eternos perdedores.
Mais um ano horrível do Andebol encarnado em que deitamos por terra todas as esperanças do título na sequência das derrotas frente ao ABC e principalmente perante o Águas Santas. A formação maiata, carecida do seu melhor jogador e sem fazer uma grande jogo bateu um Benfica que não fez qualquer golo nos últimos 10 minutos da partida. Simplesmente inacreditável aquilo que pude presenciar na Maia.
É triste ver uma equipa do meu clube com uma mentalidade e cultura completamente perdedoras. Culpa de quem dirigia a secção (Luís Gomes).
É vergonhoso observar que existia um conjunto de jogadores que não respeitava o seu técnico. Falta um pulso forte na liderança desta modalidade.
Olhava-se para o campo e sentia-se os atletas completamente perdidos a nível emocional sempre que os desafios não corriam da melhor forma.
Antes de tudo é isto que urge erradicar, procurando soluções para voltar aos títulos.
Ao nível técnico, o Prof. Jorge Rito acaba por abandonar o cargo. Era o único caminho a seguir. Não será fácil trabalhar com uma estrutura muito incompetente como aquela que encontrou, mas também ele teve culpas no cartório para tantas desilusões nos últimos três anos. Não conseguir "agarrar" o grupo. Não soube ganhar o respeito dos seus atletas. E acima de tudo, não tirou o máximo rendimento de cada jogador. Nenhum atleta sofreu uma evolução positiva muito significativa.
Conquistou apenas uma Supertaça no seu ciclo no comando técnico. Muito mau!
Relativamente à constituição do plantel, questiono-me se a contratação de um estrangeiro para apenas "defender" fez sentido? Parece-me que não. Nem no capítulo defensivo fez a diferença. Há que rever a política de contratações quando se recorre ao mercado externo.
Cá no burgo, não se podem deixar escapar valores como Rui Silva, João Ferraz ou Pedro Spínola para os rivais.
Por último, o poder que não temos nos meandros da modalidade. O FC Porto tem mostrado dentro de campo ser a melhor formação nacional ao longo deste últimos anos. No entanto, fora do terreno de jogo, também continua a dominar. Veja-se as nomeações ao nível das arbitragens. Veja-se a questão do protocolo entre Cuba e Portugal. O Andebol está cada vez mais podre e corrupto. Temos que denunciar tais situações. Deixemos de ser "anjinhos"!
São todas estas situações que devem merecer reflexão e alteração profunda para voltarmos às conquistas. Pelo que sabemos, vamos ter uma nova estrutura directiva e técnica ao comando desta secção. Espero que seja o começo de uma caminhada vitoriosa.
Para consulta de tudo sobre a época 2013/2014, pode ver aqui:
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