O último fim-de-semana ficou marcado pela página mais bonita e gloriosa da nossa secção de Hóquei em Patins. Somos Campeões Europeus da modalidade! Apesar de mais um inqualificável desaire da nossa equipa de Andebol, o Futsal também cumpriu, de forma positiva, a sua missão e está mais próximo da chegada à final do Campeonato. De seguida, irei fazer análise mais pormenorizada sobre os jogos das diversas modalidades, realizados nos dias 1 e 2 de Junho.
O Andebol do SL Benfica deslocou-se até Tavira para disputar a Final Four da Taça de Portugal, onde foi eliminado pelo Sporting por 29-22 na meia-final da competição.
Mais um resultado vergonhoso para a nossa equipa. Uma época que, apesar da vitória na Supertaça é claramente medíocre, atendendo a todas as expectativas criadas e à qualidade do nosso plantel. Mais tarde farei o balanço da época negativa da modalidade.
Quanto ao jogo em si, foi marcado, desde o momento inicial, pelo domínio do Sporting. Um parcial de 7-3 nos primeiros dez minutos começou a marcar o descalabro dos encarnados. Muitas falhas técnicas, remates precipitados e defesa muito permissiva foram as notas de grande parte do nosso jogo. O Sporting ainda chegou a aumentar a diferença para 7 (14-7) golos, mas até ao intervalo a equipa do Benfica reagiu e conseguiu reduzir para 3 golos (14-11).
No inicio da segunda parte, mais uma vez todos aqueles pontos negativos da nossa equipa vieram ao de cima e o conjunto de Alvalade aumentou para 8 golos (23-15) a diferença no marcador aos 45 minutos de jogo. A partir daí, as equipas perceberam qual ia ser o vencedor do jogo e deixaram correr o tempo até ao resultado final de 29-22 favorável ao conjunto do Sporting.
As desculpas não se pedem, evitam-se. Mais que desculpas, eu quero é vitórias, quero é títulos. E isso, esta equipa de Andebol não dá aos sócios e adeptos do Glorioso. Foi muito mau, foi vergonhoso o vosso fim de época.
O Sporting acabou por vencer esta competição, batendo na final o Porto. A época acaba assim. Porto venceu o Campeonato pela 5ª vez consecutiva, o Sporting ganhou a Taça de Portugal pela 2ª vez consecutiva e Benfica conquistou a Supertaça no inicio da época.
No final da tarde de Sábado, o Futsal Benfica foi a Vila do Conde bater o Rio Ave por 2-5 no 1º Jogo da Meia-Final dos Playoffs.
Meio caminho está feito rumo à final do Campeonato. Contudo, nada está feito. É preciso vencer já o próximo jogo e de forma clara.
O muito público que assistiu ao jogo teve a oportunidade de ver um jogo muito intenso e muitas vezes bem jogado.
Por volta dos seis minutos de jogo, Davi inaugurou o marcador através de um grande remate de pé esquerdo. Apesar disto, o Rio Ave também dispôs de algumas oportunidades para marcar, mas os seus jogadores estavam em dia "não". Na resposta a um remate do conjunto de Vila do Conde ao poste, os encarnados por César Paulo ampliaram para 2-0 o marcador, numa recarga a um remate de Diego Sol ao poste. Perto do intervalo, Cardinal numa boa rotação de pivot reduziu as diferenças e levou o "score" de 1-2 para o descanso da partida.
Logo no ínício da segunda metade do desafio, Cardinal através de um livre fez o 2-2. Marcão esteve infeliz neste golo. O jogo estava equilibrado, mas à entrada dos últimos dez minutos do jogo, César Paulo numa situação de pivot fez o 2-3. Dois minutos depois, um grande passe de Diego Sol encontrou Diece no segundo poste e este aumentou para dois golos a diferença no marcador. Nesta fase do jogo, destaque para Marcão que salvou várias vezes a nossa equipa de ainda sofrer mais durante o jogo. O Rio Ave, nos últimos minutos do jogo, avançou para a situação de 5x4, mas pela frente encontrou um conjunto liderado por João Pinto muito bem organizado. E foi numa dessas situações, e já com Gonçalo Alves expulso (a 3 minutos do fim), que Diece a 30 metros da baliza sentenciou a partida e fez o resultado final de 2-5 para o Benfica.
O resultado penaliza alguma ineficácia dos vila-condenses, mas premeia a organização e eficácia da nossa equipa. Diece foi o melhor jogador em campo gerando muitos desequilíbrios ao longo de todo o jogo. Marcou 2 golos e teve na origem de outros dois.
Agora temos que fechar, no próximo Sábado, em casa, esta meia-final e assim carimbar o acesso à Final do Campeonato. Na outra meia final, Sporting foi vencer ao Fundão por 1-6 e tem caminho aberto também para a final da competição.
Por fim, a página mais bonita de toda a história da nossa secção de Hóquei em Patins. No Dragão Caixa, a equipa do SL Benfica consagrou-se Campeã da Europa 2012/2013. Um feito inesquecível e memorável para os sócios e adeptos do clube que acompanham as nossas queridas modalidades.
Na fase de grupos, vencemos o Grupo C da competição, batendo o Réus, o Viareggio e o Cronenberg. Nos quartos de final, vencemos o Nóia em duas mãos.
Chegámos assim à Final Four da competição, que foi organizada pelo Porto no seu pavilhão. O adversário na meia-final era o Barcelona. Ou seja, era e foi um caminho muito complicado até à conquista da competição. O Barcelona continua a ser um conjunto de estrelas do melhor que existe no mundo. Logo, como disse na crónica de antevisão ao jogo, só um Benfica ao seu melhor nível podia bater esta equipa. E assim foi.
Desde a fase inicial do jogo se percebeu um Benfica muito personalizado e adulto a procurar transições rápidas, de modo a bater os homens da Catalunha, que possuem poucos pontos fracos no seu jogo. Aos três minutos de jogo, João Rodrigues inaugurou o marcador. Com uns árbitros italianos claramente a favorecer o Barcelona, o jogo na primeira parte foi muito táctico, pois as equipas não quiseram arriscar. Foi a três minutos do intervalo que por intermédio de Pablo Alvarez e Sergi Panadero, a equipa do Barcelona deu a volta ao marcador e assim chegou o intervalo.
Logo no reatamento da partida, Luís Viana fez o 2-2 na concretização de uma grande penalidade. Marc Torra, por volta dos dez minutos da segunda parte, colocou novamente o Barcelona em vantagem na execução de um livre directo, consequência da décima falta do Benfica. Na resposta imediata, Luís Viana, através de uma penalty, chega de novo à igualdade, desta feita a três no marcador. A 10 minutos do final do jogo, os catalães dispuseram de um livre directo, depois de um azul muito forçado a Luís Viana, mas falharam o mesmo. A poucos segundos de entrar o quinto jogador do Benfica, Sergi Miras faz o 3-4 a oito minutos do fim do tempo regulamentar. Muito perto do fim do jogo, o Barcelona faz a sua 15ª falta e Benfica não concretiza a bola parada. Já no último minuto do jogo, o fantástico Carlos López faz o 4-4 e leva o jogo para o Prolongamento. Resultado justo até aí, atendendo ao que se tinha passado em campo.
No Prolongamento, as equipas não arriscaram muito, mas ia sendo a equipa comandada por Luís Sénica a criar maior perigo junto da baliza de Sergi Fernandez. Já a um minuto do fim do prolongamento, mais um roubo da arbitragem na amostragem de cartão azul ao Carlos López, permitindo ao Barcelona ter um livre directo. Contudo os catalães desperdiçaram-no, em mais uma bela defesa do grande Pedro Henriques. O jogo foi assim para as grandes penalidades.
Tuco concretiza o nosso primeiro penalty e já antes o Barcelona tinha falhado. Na segunda série, as duas equipas falharam. Na terceira grande penalidade, o Barcelona faz golo por Mia Ordeig e na resposta Marc Coy mantém o Benfica em vantagem por 2-1. Os catalães falharam as duas últimas grandes penalidades e Pedro Henriques foi o herói da nossa passagem à Final da Liga Europeia. Prestação fantástica perante a maior potência de todos os tempos da modalidade. Na segunda meia-final e noutro grande jogo, o Porto acabaria por triunfar frente aos italianos do Valdagno por 9-7 e a final da Liga Europeia era totalmente portuguesa.
No Domingo, pelas 17h, no Dragão Caixa, lá estavam Porto e SL Benfica prontos para a Final da Liga Europeia. Porto assumia-se como favorito, pois já ninguém se lembrava da última vitória dos encarnados no terreno do adversário. Pavilhão completamente cheio a espumar ódio contra o inimigo. Esta final esteve em risco de não se realizar, em virtude das condições de segurança que não existem naquele pavilhão para os adeptos da equipa contrária. Como é possível o CERH dar a organização a um clube que não sabe receber os seus adversários e com um pavilhão com apenas uma saída/entrada? Inacreditável!
O jogo começou e o Porto entrou da melhor forma. Apesar de o Benfica ter conseguido algumas oportunidades que não concretizou, o conjunto do Norte do país, por intermédio de Jorge Silva e Reinaldo Ventura (grande penalidade), já venciam por 2-0 aos sete minutos de jogo. De seguida veio aquele que se pode considerar um dos momentos decisivos desta Final. Reinaldo Ventura tem mais um penalty (que roubo!!!) à disposição e falha o possível 3-0, sendo que, na resposta, Cacau numa excelente concretização de um livre directo, após azul a Jorge Silva, faz o 2-1. Porém, com 10 minutos de jogo, de novo Reinaldo Ventura marca o 3-1. Poucos segundos depois, na execução de uma grande penalidade, Luís Viana reduz para 3-2 a desvantagem encarnada. Estava um "jogo de loucos", mas o Benfica mantinha-se muito personalizado e sem qualquer receio do adversário e do ambiente no pavilhão. Com 19 minutos de jogo, Diogo Rafael chega ao empate a 3 bolas num grande remate de longa distância. Contra a corrente do jogo, Hélder Nunes concretiza o 4-3 e leva assim favorável ao Porto o resultado ao intervalo.
No reatamento da partida, e já com adeptos do Benfica no pavilhão, Coy chega à igualdade numa grande entrada dos encarnados em jogo. Depois chegou novamente o grande Pedro Henriques, ao defender mais uma grande penalidade e um livre directo. Fabuloso! A meio da segunda parte, Luís Viana, através de um penalty, faz com que o Benfica chegue pela primeira vez à vantagem no encontro. A 6 minutos do fim do tempo regulamentar, Reinaldo Ventura empata novamente o jogo, desta feita a 5 bolas, num livre directo devido a falta (e azul) de Valter Neves. Benfica tinha 14 faltas, o Porto tinha 9. Nenhuma equipa arriscou o golo da vitória nos minutos finais e assim fomos para prolongamento, depois de uma igualdade a 5 golos no tempo regulamentar.
Depois, veio aquele momento... O momento da vitória do bem contra o mal, do amor contra o ódio, protagonizado pelos dois meninos benfiquistas que são do melhor que existe no mundo: Diogo Rafael e João Rodrigues. Concretizaram o golo de OURO e o Benfica tornava-se pela primeira vez na sua história Campeão da Europa em Hóquei em Patins.
Vou ser sincero, nunca acreditei nesta conquista. Por todos e mais alguns motivos. No entanto foram os 10 jogadores e todo o staff que concretizaram o sonho. Assim sim, foram SL BENFICA. São vocês que me têm que dar os motivos para acreditar. Agora já os tenho.
O que eu pedi desde o inicio da época, foi feito. Eficácia nas bolas paradas, hoje em dia é decisivo nesta modalidade. Quer a defender (Pedro Henriques), quer a marcar (Cacau e Luis Viana).
Parabéns SL BENFICA!!!
Aqueles adeptos que estiveram naquele pavilhão mereciam esta conquista. Fantásticos! Os adeptos que sofreram muito com tudo o que se tem passado com o clube nas últimos semanas mereciam esta alegria. As nossas modalidades são aquelas nos dão mais alegrias. Aprendam a gostar delas. Merecem todo o nosso apoio e carinho.
Para consulta de tudo sobre a época 2012/2013 de cada modalidade, pode ver aqui:
Basquetebol - http://benficaecletico.blogspot.pt/p/basquetebol.html
Hóquei em Patins - http://benficaecletico.blogspot.pt/p/hoquei-em-patins.html
Porque o SL Benfica não é só Futebol...
SPORT LISBOA E BENFICA!!! 1904!!!
Fantástico, sigo o seu blog porque sou Benfiquista e adepto das modalidades e por aqui consigo sempre ter as noticias actualizadas, parabéns. agora sobre o hoquei uma questão, o que terá sido feito para o aproveitamento de bolas paradas neste fds ter sido impecável ou 100% ou perto que mudança para o resto da época e também na questão da substituição do Guarda redes para defender as bolas paradas foi crucial. vale mais tarde que nunca.
ResponderEliminarJá o disse no ano passado aquando da vergonha em casa contra o Madeira SAD, o treinador não serve. Não serve porque passa constantemente uma imagem de vencido e convencido, foi o único dos 4 da Final Four que quase não dava indicações, nem os da Final feminina foram tão monos quanto ele.
ResponderEliminarQuanto aos jogadores, acho que há ali lacunas graves ... A resposta nunca pode ser despejar dinheiro achando que se vai conseguir comprar os melhores e ser campeão, é preciso competência.
Porto e Sporting têm atletas de qualidade vindos das camadas jovens/equipas mais fracas.
O Benfica tem um plantel envelhecido e com pouca garra, com falta de liderança a partir do banco. Foi um suplício para mim ver o jogo do Benfica e pior que isso ter que ver a final entre lagartos e tripeiros enquanto o nosso glorioso era Campeão Europeu de hóquei em patins. Felizmente que a alegria da vitória suplantou em muito o ter que estar a ver os outros disputarem um troféu pelo qual poderíamos ter lutado até ao final.
Obrigado pelas palavras e por nos acompanhar.
ResponderEliminarCreio que no último fim de semana vimos o melhor Benfica da temporada, no Hóquei em Patins, a todos os níveis. Todos,sem exceção, estiveram muito inspirados.
O Pedro Henriques ,já há algum tempo, era a aposta para defender as bolas paradas...felizmente foi o nosso herói concretamente no jogo com o Barcelona.
Agradeço mais uma vez a sua participação, B Cool.
ResponderEliminarGostava que não tivesse escrito isso, sinal de que o Andebol tinha cumprido com a sua obrigação, que é o de ser Campeão Nacional.
Se nas outras modalidades o elevado investimento vai dando resultados, no Andebol não se verifica o mesmo. Porquê?
Parece-me óbvio que o Campeonato Nacional de Andebol é dos mais equilibrados e exigentes das 5 modalidades de pavilhão.
Além disso apresentamos um excelente conjunto de jogadores mas coletivamente raramente funciona. Culpa do treinador? O balneário do Andebol não deve ser fácil, pois parece-me que há quem queira protagonismo dos demais e há egos a mais para gerir. De resto, concordo com uma reformulação do plantel de Andebol, nomeadamente com jogadores mais novos e com vontade de triunfar...temos é de estar atentos sobretudo ao mercado nacional.