quarta-feira, 19 de junho de 2013

A Epopeia Europeia...

A época 2012/2013 da nossa equipa de Hóquei em Patins ficou marcada, inevitavelmente, pela conquista da Liga Europeia, a prova mais importante a nível mundial de clubes.

À partida para esta época as expectativas era muito elevadas. A conquista do bicampeonato e de todas as outras competições nacionais eram o principal objectivo. Era muito importante recuperarmos a hegemonia nacional. 
A troca de Marc Coy por Sérgio Silva foi a única mudança no plantel Campeão Nacional da época anterior. 
A temporada iniciou-se com a conquista da Supertaça, em Lordelo, frente à Oliveirense. Uma vitória justa e clara que dava o mote para o resto da época. 
O Campeonato Nacional começou com o Benfica a ganhar pontos ao Porto, pois estes não foram além de um empate caseiro frente à revelação Paço de Arcos na 1ª jornada. No entanto, a vantagem foi de curta duração. O empate do Benfica em Valongo à 3ª jornada permitiu de novo a igualdade pontual entre os dois candidatos ao título. Até à 8ª jornada, tudo vitórias de ambos os lados. Na 9ª jornada, o Benfica conquistou um triunfo muito suado em Turquel e o Porto perde em Torres Vedras frente à Física, o que permitiu assim ao conjunto encarnado alcançar o primeiro posto na tabela de forma isolada. O problema surge na jornada seguinte com o empate da equipa liderada por Luís Sénica a uma bola, na Luz, frente ao Paço de Arcos. A ineficácia nas bolas paradas ofensivas foi decisiva para estes dois empates. Pese embora tudo isso, continuávamos na liderança do Campeonato. Chega então o clássico da 13ª jornada, no qual o Benfica partia com um ponto à frente do rival. E aí, o Benfica baqueou por completo. Mais uma vez as bolas paradas, desta feita dos dois lados do campo, permitiram ao Porto vencer de forma justa mais um encontro decisivo. Foi este o momento fulcral do Campeonato. 
Ainda assim, à 16ª jornada, em Paço de Arcos, o Porto perde 5-4 frente à equipa local e permite aos encarnados atingir novamente a liderança. Até à entrada das cinco decisivas últimas jornadas, o Benfica continuava na frente da classificação com mais um ponto que o Porto. 
E então, nas 25 e 26ª jornadas, o Benfica em duas deslocações complicadas a Paço de Arcos e Oliveira de Azeméis não foi além de dois empates. Se frente à Oliveirense, houve erros de arbitragem a influenciar o resultado, na jornada anterior, na Linha, o conjunto benfiquista, mais uma vez, falhou nas bolas paradas. O Porto continuava a ganhar os seus jogos e à entrada do clássico do Dragão, à 28ª jornadas, detinha 3 pontos de vantagem e precisava de uma vitória para conquistar o título. E nesse jogo, não houve história. Só uma equipa quis vencer o jogo e infelizmente não foi a nossa. Uma vitória por 7-3 do rival que permitiu-lhes festejar logo ali a vitória no Campeonato. Não foi ali que perdemos o Campeonato mas não se pode ter aquela falta de atitude e querer. Não pode. 
O Benfica perdeu o título nas bolas paradas. Não se pode cometer tantos erros em momentos decisivos da época. 
Passemos então à nossa Epopeia Europeia. Na fase de grupos tivemos que defrontar o Réus (Espanha), o Viareggio (Itália) e o Cronenberg (Alemanha). Vencemos de forma categórica e brilhante o Réus, na Luz, por 7-1 na 1ª jornada desta fase. De seguida, uma vitória normal e esperada na Alemanha. Depois veio um empate perigoso, na Luz, frente aos italianos. A melhor resposta foi dada na 4ª jornada, com a equipa do Benfica a vencer com muita classe em Itália por 2-4. Aí já estava carimbado o apuramento para os quartos-de-final da competição. Nas duas últimas jornadas, a derrota em Espanha e a vitória robusta, na Luz, frente ao Cronenberg permitiram aos encarnados atingirem o primeiro lugar do grupo.
Assim o cruzamento dos quartos-de-final (jogados a duas mãos) ditava um confronto entre Benfica e Nóia. A primeira mão foi em Espanha, onde o conjunto benfiquista conseguiu um importante e difícil empate que abriria todas as esperanças para jogo na Luz. Em Portugal, o Benfica não deu qualquer hipótese ao conjunto espanhol. Um goleada de 7-0 levou os encarnados à Final Four da competição juntamente com Barcelona, Porto e Valdagno. As quatro melhores equipas do Mundo. 
A organização ficou a cargo do Porto, no Dragão Caixa. O CERH teve muito mal nesta decisão. Aquele pavilhão não tem condições para receber adeptos contrários em segurança. Já há uns anos atrás, no Rosa Mota, tinha surgido problemas com jogadores do Barcelona a serem agredidos por adeptos do Porto. A reter para o futuro.
A nossa meia-final era contra a melhor equipa do mundo, o Barcelona. Praticamente nenhum adepto benfiquista acreditava que pudéssemos bater os espanhóis. Isto tem que ser dito e é normal, até atendendo ao que se tinha passado naquele pavilhão na semana anterior para o campeonato nacional. É a equipa que tem de fazer acreditar os seus adeptos. Tenho que ter uma "base" para acreditar. Não basta ser do Benfica. E neste confronto perante o Barcelona, o Benfica foi gigante dentro e fora do campo. Os nossos adeptos estavam presentes no apoio à equipa e mais uma vez os tristes adeptos do Porto tentaram agredir os nossos. Inqualificável. Dentro do ringue, uma EQUIPA concentrada, unida, inteligente, agressiva e muito intensa. Um gigante Pedro Henriques nas bolas paradas, incluindo os penaltis finais levou a nossa equipa à final da competição.
Na outra meia-final, o Porto levou de vencida o Valdagno e a final da Liga Europeia era totalmente portuguesa.
Chegámos então à Final. E pergunto como foi possível não estarem disponíveis bilhetes para os adeptos do Benfica verem a Final? Só em "Palermo". Tiveram bem os nossos dirigentes ao exigir os bilhetes e as condições de segurança para os adeptos, pois, caso contrário, faltaríamos ao jogo. O senhor presidente devia ter marcado presença no pavilhão. 
O pavilhão estava cheio no ódio ao Benfica. Apesar de um mau início de jogo, como aqui escrevi na análise ao jogo, a equipa reagiu "à Campeões". Sem medo, sem receios, jogando o seu melhor hóquei, tendo como bases os seus dois jovens (Diogo Rafael e João Rodrigues) a colocar todo o seu talento em pista. Foi assim que se escreveu a página mais bonita da história da secção. O Benfica é Campeão Europeu 2012/2013. Tudo foi perfeito ali. As decisões e opções do técnico, os dois guarda-redes em todas as situações de jogo e até a eficácia nas bolas paradas foi alta, ou seja, tudo aquilo que precisávamos para esta fantástica conquista. 
Para fechar a época, tínhamos deslocação marcada até Valongo para disputar os quartos-de-final da Taça de Portugal. Se vencêssemos atingiríamos a Final Four da competição. Mas um Benfica permissivo, cometendo vários erros defensivos, com alguns tiques de Campeão Europeu, perdeu por 6-5, vendo assim gorada a possibilidade de lutar pela conquista do troféu. 
A conquista inédita da Liga Europeia leva-me a dizer que esta foi a melhor época da história da secção do clube. No entanto, quero recuperar a hegemonia nacional. Na próxima época, a obrigação é vencer Campeonato e Taça de Portugal. 


SL BENFICA - CAMPEÃO EUROPEU 2012/2013





Parabéns a todos os jogadores, técnicos e staff, bem como a todos aqueles adeptos que acompanharam a equipa ao longo da época!



Para consulta de tudo sobre a época 2012/2013, pode ver aqui:

Hóquei em Patins - http://benficaecletico.blogspot.pt/p/hoquei-em-patins.html



Porque o SL Benfica não é só Futebol...


SPORT LISBOA E BENFICA!!! 1904!!!

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