segunda-feira, 23 de março de 2015

Porque o SL Benfica não é só Futebol...

Fim-de-semana com sabores distintos para as modalidades de pavilhão do SL Benfica. Felicidade pela conquista da vigésima Taça de Portugal em Basquetebol e tristeza devido à eliminação da nossa equipa de Hóquei em Patins na Liga Europeia. Nota muito positiva também para o Voleibol e Andebol, na sequência da qualificação para a Final do Campeonato e meias-finais da Taça Challenge, respectivamente. 

Confira o rescaldo de mais uma jornada onde o Museu Cosme Damião ficou mais recheado. Viva o Benfica!

Fafe foi a cidade que viu o Tri-Campeão de Basquetebol somar a quarta conquista desta época, desta feita a revalidar o bonito troféu da Taça de Portugal. A hegemonia nesta modalidade é encarnada. 
O caminho para o triunfo nesta competição nos últimos três dias foi duro. 
Em primeiro lugar, na noite de sexta-feira, o SL Benfica derrotou o Algés por 81-67 em jogo dos quartos-de-final da prova. 
Após o equilíbrio registado nos minutos iniciais do encontro, as águias tomaram conta do marcador e venciam por seis pontos de diferença (23-17) no final do primeiro período. A supremacia benfiquista acentuou-se no segundo quarto, atingindo a máxima vantagem a meio deste período (37-21). Porém, o Algés reagiu e diminuiu a desvantagem até ao descanso (44-34). Tudo mudou no terceiro período, fruto da ineficácia encarnada no tiro exterior, mas também pouca concentração defensiva. Assim, o nosso adversário acabou por entrar na discussão do resultado (51-49) à entrada do derradeiro quarto. Na fase decisiva, a maior qualidade do plantel e experiência dos nossos atletas fez a diferença acabando com todas as esperanças do opositor em criar uma grande surpresa. Vencemos a luta dos ressaltos, fomos mais colectivos e a eficácia no lançamento subiu em flecha (30 pontos nos últimos 10 minutos). Seth Doliboa (17 pontos), Carlos Andrade (13 pontos) e Cláudio Fonseca (13 pontos) foram os principais destaques do nosso lado. 
Obrigação cumprida! Seguia-se o principal rival, V. Guimarães, na luta por um lugar na grande final. 
Na meia-final, os comandados de Carlos Lisboa bateram a formação vimaranense e voltaram a marcar presença na decisão deste troféu. 
Depois de algum nervosismo inicial por parte dos dois conjuntos, Jobey Thomas pegou na partida e deu um autêntico recital no lançamento, com os triplos a sucederem-se. Foi das suas mãos que saiu o último tiro, perto do meio campo, que colocou o placar em 24-18, favorável ao Benfica, no final do primeiro período. Logo de seguida, surgiu a reacção de um Guimarães praticamente a jogar em casa, com o seu público a marcar presença em força, chegando a dar a volta no marcador. Contudo, voltou a aparecer Jobey Thomas que, com dois cestos levou os encarnados a vencer no recolher aos balneários (35-32). No regresso ao campo, a longa distância do nosso adversário funcionou melhor, colocando-se a três pontos de distância no final do terceiro período (44-41). No derradeiro quarto, as águias entraram bem melhor com realce para a actuação de Ronald Slay. Foi o homem decisivo nesta fase do encontro, aproveitando muito bem os bloqueios directos para fazer pontos na área restritiva. O Vitória tentou reentrar na luta pela vitória mas o desempenho defensivo por parte do conjunto benfiquista esteve fantástico e deveu-se a isso o passaporte para a Final. 
Certamente ninguém se irá esquecer do jogo decisivo da 66ª edição da Taça de Portugal! A qualidade e emoção proporcionadas durante 50 minutos foi um hino ao basquetebol. Brilhante promoção desta linda modalidade. Isto porque só após dois prolongamentos, o Tri-Campeão superou o BC Barcelos (88-87) na discussão da prova rainha do basquetebol nacional. 
O Benfica entrou melhor no embate, sobretudo porque se revelou mais forte no tiro exterior, onde pontificava um endiabrado Tomás Barroso (14 pontos), no primeiro quarto. Os dois emblemas davam espectáculo, fruto de bons momentos ofensivos. No final dos primeiros 10 minutos quem estava na frente eram os encarnados por quatro pontos de diferença (25-21). A equipa minhota procurava continuar na luta pelo resultado através da exploração das transições rápidas (Nuno Oliveira e Fechas) e dos movimentos interiores de Loncovic. Do nosso lado, Mário Fernandes e Ronald Slay deram contributos importantes vindos do banco e mantiveram as águias com vantagem na ida para o descanso (35-32). 
Na entrada para a segunda parte, os encarnados obrigaram o adversário a jogar mais em ataque organizado, conseguindo assim retirar eficácia ofensiva ao BC Barcelos. Já no processo ofensivo, as individualidades iam resolvendo os problemas, conseguindo alcançar um vantagem de nove pontos à entrada do último período (59-50). Mas quando perdiam por doze pontos de diferença, no derradeiro quarto, o curto plantel barcelense liderado por Carlos Fechas foi atrás do prejuízo e deu a volta no marcador. Conseguiram ter posse de bola para ganhar o jogo, mas Loncovic falhou um triplo para enorme suspiro de alívio dos encarnados. Aqui, eu pergunto: como é possível que João Soares e Cláudio Fonseca não tenham entrado em campo? Não entendo. Fomos então para o tempo extra. 
No primeiro prolongamento, a eficácia da linha de lance livre ditou leis com as duas equipas a revelarem muito cansaço e nervosismo na hora da decisão. O Barcelos acabou por somar duas contrariedades, com Loncovic e Dukovic a sairem de campo (5 faltas). Ainda assim, a formação minhota teve bola para ganhar. Porém não conseguiu novamente superar a eficácia defensiva benfiquista. Foram necessários mais cinco minutos para a decisão do encontro... 
Nesta fase, era Nuno Oliveira (contratem-no já se faz favor), base do BC Barcelos, contra o Benfica. Com uma fantástica exibição, este internacional português foi o melhor jogador desta final. Mas quem tem Jobey Thomas, tem tudo. O norte-americano apareceu quando mais precisávamos dele e resolveu a contenda a nosso favor. O melhor jogador a actuar em território nacional, primeiro com um triplo, depois com uma penetração e nos segundos finais com um lançamento muito difícil, deu o triunfo aos encarnados. A festa foi vermelha!!!
Qualquer equipa podia ter vencido. A réplica oferecida pelo conjunto barcelense dá maior sabor à nossa conquista e mostra que o técnico José Ricardo Rodrigues tem realizado um trabalho de grande mérito. 
Os árbitros estiveram mal e equilibraram a partida com diferentes critérios na marcação de faltas em claro prejuízo para o Benfica. Tal não justifica contudo que Carlos Andrade tenha atitudes vergonhosas após a buzina final. No meu clube há valores. Um deles é o respeito pelo adversário. 
Parabéns a toda a nossa secção. Agora temos de trabalhar para o Tetra e assim ganharmos todos os títulos desta temporada fazendo o melhor ano da nossa história. 

Final 8

1/4 Final

SL BENFICA 81-67 Algés
V. Guimarães 79-61 Sampaense
Oliveirense 66-61 CAB Madeira
BC Barcelos 67-54 Illiabum

1/2 Final

SL BENFICA 64-51 V. Guimarães
BC Barcelos 66-59 Oliveirense

Final

SL BENFICA 88-87 BC Barcelos 


Ronda dupla totalmente vitoriosa para o Bi-Campeão de Voleibol que nos colocou na Final do Campeonato Nacional. Será a sexta presença consecutiva na luta pelo título. 
Na tarde de Sábado, os pupilos orientados pelo Prof. José Jardim deslocaram-se até Espinho e derrotaram o histórico Sporting local por três sets a um, ficando a apenas um triunfo de fechar esta eliminatória. 
Confirmando todo o favoritismo que lhes era apontado, as águias venceram o primeiro set por 20-25 e o segundo por 22-25. A maior eficácia da recepção e bloco encarnados nas fases decisivas dos parciais foram decisivas para este desfecho. No terceiro parcial, o Benfica esteve sempre na frente do marcador. Contudo, algumas desconcentrações na parte final do set permitiram ao nosso rival vencer por 25-23. Isso não afectou todavia o conjunto benfiquista, o qual acabou por fechar a contenda no quarto parcial por claros 25-18. Hugo Gaspar e Roberto Reis foram os máximos pontuadores desta partida. 
Para o dia seguinte, novo jogo, desta feita na Luz, e nova vitória do Benfica pela margem máxima, carimbando o passaporte para a discussão do Tri.
Os parciais de 25-19, 25-19, 25-20 espelham bem a supremacia vermelha nesta partida e meia final. O nosso técnico fez alguma rotação do plantel e a dupla formada por Ché e Kibinho mostrou que são opções de enorme qualidade para qualquer eventualidade que exista nos próximos desafios. 
Somos melhores e provamos isso dentro da quadra. Tudo indica que iremos defrontar os açorianos da Fonte Bastardo na grande Final dos Playoffs, jogada à melhor de 5 partidas. Tudo como era esperado desde o início da época. 
Agora é mudar o chip para as competições europeias, pois já esta quarta-feira vamos receber os italianos de Ravenna na meia-final da Taça Challenge. Não somos favoritos, mas tenho a certeza que os nossos rapazes irão dar tudo para serem felizes. 

Campeonato Nacional - Jogo 2 da 1/2 Final dos Playoffs

Sp. Espinho 1-3 SL BENFICA (20-25; 22-25; 25-23; 18-25)

Campeonato Nacional - Jogo 3 da 1/2 Final dos Playoffs 

SL BENFICA 3-0 Sp. Espinho (25-19; 25-19; 25-20)


O Andebol encarnado recebeu e perdeu por 31-32 frente aos polacos do KS Azoty-Pulawy na segunda mão dos quartos-de-final. Uma daquelas derrotas saborosas pois passamos à fase seguinte da prova, fruto do triunfo por oito golos na primeira mão desta eliminatória. 
Partida muito disputada, pautada pelo equilíbrio, mas sempre com sinal mais para a formação às ordens de Mariano Ortega, a qual, apesar de ter estado em alguns momentos em desvantagem, nunca deixaram de controlar os acontecimentos. Ao intervalo, as águias venciam por 18-15. 
No reatar do encontro, a toada manteve-se. Tendo a passagem praticamente assegurada, os encarnados relaxaram, tendo o conjunto polaco aproveitado e vencido o jogo por um golo. 
A confirmar o seu bom momento de forma, Carlos Carneiro voltou a ser o nosso melhor marcador com cinco tentos. 
Seguem-se os romenos do Odorhei com os quais vamos discutir um lugar na Final desta competição. Acredito que, se estivermos ao nosso melhor nível temos boas probabilidades de chegar à Final. 
O foco volta-se para a Taça de Portugal e a Final Four jogada em Loulé no próximo fim-de-semana onde vamos enfrentar o FC Porto na meia-final da prova. Com toda a raça, querer e ambição vamos à luta!

Taça Challenge - 2ª Mão dos 1/4 Final 

SL BENFICA 31-32 KS Azoty-Pulawy 


No Dragão Caixa, a equipa de Hóquei em Patins do SL Benfica foi eliminada da Liga Europeia depois de perder por 3-2 perante o FC Porto em jogo a contar para a segunda mão dos quartos-de-final. 
A primeira parte foi muito táctica com os dois emblemas a revelar receio em arriscar no ataque à baliza contrária. Muitas cautelas e respeito pelo adversário de parte a parte. Poucas oportunidades de golo. Nota para o choque entre Caio e Carlos Nicolia que deixou o génio argentino a sangrar e fora de combate até ao início da segunda metade do encontro. A igualdade a zeros era justa face àquilo que se tinha passado no ringue. 
As grandes emoções ficaram guardadas para os segundos 25 minutos. Com 4 minutos jogados da etapa complementar, Reinaldo Ventura não aproveitou um livre directo, fruto de uma falta e cartão azul exibido a Valter Neves. Os portistas também não conseguiram aproveitar a superioridade numérica durante os dois minutos de exclusão do hoquista encarnado. Seria mesmo o Glorioso a adiantar-se no recinto alheio através de um contra-ataque finalizado com um tiro de meia distância por parte de Carlos Nicolia. Volvidos poucos instantes, o argentino acertou no poste da baliza defendida pelo animal Bosh. O jogo ficou mais emotivo, mais rápido e com mais oportunidades. Mas os golos apenas surgiram de bola parada.
Quando faltavam dez minutos para o fim, uma falta inventada pela dupla de árbitros espanhola deu aos homens da casa a oportunidade para empatarem, pois era a 10ª falta das águias. O FC Porto escolheu outro executante e Hélder Nunes bateu Trabal, restabelecendo assim a igualdade. Dois minutos depois, Hélder Nunes colocou a sua equipa pela primeira vez em vantagem na transformação de uma grande penalidade, após uma falta algo discutível e estúpida de Tuco sobre Jorge Silva. Durou pouco a liderança portista no marcador pois Nicolia fez o 2-2 de penalty. Estávamos a 7 minutos do apito final. A igualdade levava o jogo para o prolongamento. 
Porém, a cinco minutos do fim, o Porto voltou a beneficiar de uma grande penalidade, desta feita por falta sem sentido de Valter Neves e o miúdo Hélder Nunes não perdoou e deu novamente vantagem ao conjunto azul e branco. 
O Benfica foi à procura do empate, teve oportunidades para tal, mas principalmente Carlos López revelou-se perdulário na hora da verdade, ditando o afastamento encarnado da principal competição europeia de clubes. Estamos desiludidos pois penso que somos mais fortes que o nosso rival. Porém, o FC Porto acabou-se por ser mais forte nos pormenores desta eliminatória. Basta relembrar aquele golo sofrido a 10 segundos do fim, no Pavilhão Fidelidade. São erros que se pagam muito caro neste nível competitivo. 
Nada de deitar a toalha ao chão. Há muito para ganhar. Na próxima quarta-feira temos mais uma "Final" no Campeonato. Força Rapazes!

Liga Europeia - 2ª Mão dos 1/4 Final

FC Porto 3-2 SL BENFICA 


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