quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Basquetebol Feminino - Antevisão da Época 2014/2015

Já salta a bola no Basquetebol Feminino.

A época 2014/2015 traduz um grande desafio para o Sport Lisboa e Benfica: a estreia na Liga Feminina, mais alta competição feminina de basquetebol, este ano na sua 17ª edição.

No banco continua André Cardoso numa aposta mais que lógica no treinador que garantiu duas subidas de divisão e dois títulos nacionais consecutivos para esta equipa e para o clube. Este ano André Cardoso será coadjuvado por Tiago Afonso também treinador das Sub-14. Completam o elenco os seccionistas Gisela Silva e Luis Coelho sempre sob a alçada de Goran Nogic, o coordenador da modalidade.

Com uma equipa jovem, o objectivo principal traçado para esta época é a manutenção no mais alto nível do Basquetebol feminino alicerçando um projecto iniciado há três temporadas e cujos elementos vão estar daqui a 4 ou 5 anos na sua melhor idade e maior maturidade em todas as vertentes competitivas. No fundo passará por evoluir individualmente e como equipa de forma a criar uma base sólida de jogadoras portuguesas para que nos próximos anos a equipa seja ainda mais forte e competitiva.

As mudanças para esta época não foram muitas.
Da época anterior saíram Andreia Teixeira (por motivos pessoais e profissionais), Marcela Cossermeli, Marta Silva (Olivais) e Sara Tavares (ao que tudo indica para o Sporting).
Por outro lado, e até ao momento, são reforços Joana Ramos (ex-GDEMAM) e Brigitta Cismasiu (atleta internacional Portuguesa ex-Sanga Milano, Itália, onde se encontrava a estudar ao abrigo do programa Erasmus).

Deste modo, e se não houver mais reforços, o cinco base deverá manter-se com: Sofia Ramalho na posição 1, Jovana Nogic na 2, Paula Couto e Marta Augusto nas posições 3 e 4 e Joana Alves na 5.

Se olharmos para a aposta forte que é feita por equipas como Quinta dos Lombos (7 jogadoras profissionais em 2013/2014), Vagos, CAB, Boa Viagem, União Sportiva ou mesmo Algés constatamos que, perante estas equipas que contam com atletas estrangeiras e atletas das selecções nacionais, o Sport Lisboa e Benfica terá claramente desvantagem no jogo interior e na luta das tabelas, zona do campo onde estas equipas normalmente recorrem ao mercado estrangeiro. Assim, a chave do sucesso desta época estará na exploração do handicap: correr mais e mais rápido do que as outras equipas e seleccionar bem o lançamento.

Sendo o basquetebol um desporto colectivo e talvez aquele onde a vertente “equipa” mais sobressai, é também feita de individualidades e aqui claramente se destacam no Sport Lisboa e Benfica como peças chave da equipa:

- Sofia Ramalho: base muito completa com excelente capacidade de organização e de assumir o jogo e os momentos decisivos. Muito bom lançamento de média e longa distância, revela uma grande capacidade de penetração fruto de uma forte mudança de velocidade e rapidez de execução sendo exímia na assistência para as colegas. Internacional Portuguesa é a jogador mais experiente da equipa onde ingressou em 2012/2013 depois de na época anterior representar o C.R.C. Quinta dos Lombos e após 6 épocas em Espanha. Foi 2 vezes Campeã Nacional pelo Clube Desportivo da Póvoa (2000) e Santarém Basket (2003/2004), venceu 1 Supertaça pelo Clube Desportivo da Póvoa (2001), eleita por 5 vezes para o All-Star (1999/2000/2001/2002/2004) e Campeã da Liga2 de Espanha pelo Universitário de Ferrol (2004/2005).
Será sobre ela que recairão as maiores responsabilidades da equipa e as esperanças dos/das Benfiquistas.

- Jovana “Yoyo” Nogic: internacional Sub-18 pela Sérvia e filha do coordenador da modalidade Goran Nogic, trata-se de uma jovem base-extremo de 17 anos apenas e com um potencial incrível fruto de uma grande capacidade de trabalho e sacrifício tão características da escola sérvia e para quem a Liga Feminina portuguesa será, em breve, pequena de mais (não se esqueçam destas palavras) fruto do seu domínio pelos fundamentos do jogo, leitura de jogo e exímio lançamento. Apesar dos seus tenros 17 anos espera-se esta época a sua afirmação e confirmação de todo o seu potencial que terá necessariamente que passar pelo aumento dos índices de confiança do seu jogo para assumir responsabilidade com bola. Esteve presente no Europeu Sub-18 em Matosinhos deste ano depois de em 2013 ter sido peça chave da Sérvia no Europeu Sub-16, também em Matosinhos, onde derrotou Portugal na final da Divisão B.

- Paula Couto: extremo destemida e boa defensora, sem medo de assumir o jogo, com bom lançamento de média distância e excelente capacidade de penetração para o cesto independentemente do adversário poderá ser uma agradável surpresa na Liga.

Atingir os Playoff, jogando e lutando à Benfica é o que podemos esperar das nossas meninas.



2 comentários:

  1. O Algés forte? Está enganado. As equipas mais fortes, são Vagos, Lombos, Sportiva, CAb e GDESSA. O Benfica lutará pelos lugares cimeiros se contratar uma ou duas jogadoras para posições interiores. Mais a Brigitta também fez seleções nacionais. O Benfica se tiver o plano de treino da temporada passada, acaba por treinar mais que a maioria das equipas da Liga feminina. Boa época

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  2. Caro anónimo, obrigado pelo seu comentário.

    Em relação ao Algés, repare no "ou mesmo Algés" e no "que contam com atletas estrangeiras e atletas das selecções nacionais" uma vez que tradicionalmente apostam forte e em atletas estrangeiras mas que este ano apesar de quebra na aposta e patrocínio, até informação em contrário (uma vez que neste momento não disponho de informação nesse sentido), manterão atletas de selecção como Simone Costa ou Chelsea Guimarães e que são das melhoras das suas gerações.

    Em relação à Brigitta Cismasiu é referido que é atleta internacional Portuguesa mas neste momento e pelos jogos já disputados não é possivel aferir que contributo o que mais valia trará para a equipa.

    O reforço das posições interiores está a ser equacionado mas ainda não é uma certeza mas a acontecer fará toda a diferença no jogo e na época. Como diz e bem, mantendo o plano de treino que à partida vai manter, treina mais do que a maioria das equipas daí a chave na exploraçao do handicap: correr mais e mais rápido do que as outras equipas e seleccionar bem o lançamento.

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